Mulheres através do Mapa
Por Isabella Mei e Letícia Assis ; Ctrl PUC

O feminismo vem criando, cada vez mais, a noção de que as mulheres juntas são mais fortes. A prova disso é existência de diversos coletivos feministas por todo o território nacional, que visam unificar a luta e criar espaços para as demandas femininas serem discutidas abertamente.
Com esse propósito, em 2014, a mineira Maria Carolina Machado criou o MAMU — Mapa de Coletivos de Mulheres, um mapa que localiza os coletivos feministas por todo Brasil, e os temas que ali são discutidos. O “projeto de mapeamento de coletivos, organizações, movimentos, grupos e projetos brasileiros”, segundo o site, tem como objetivo reunir o maior número possível de iniciativas com o intuito de tornar a causa feminista mais plural. São mais de 80 coletivos cadastrados, divididos por estados e temáticas.
A motivação em mapeá-los por toda a extensão territorial brasileira, surgiu a partir da curiosidade em saber quantas e como essas mulheres estavam engajadas na luta. Dentro dos coletivos, muitas mulheres trocam experiências e aprendizados que podem ser compartilhados com outros grupos, criando uma rede única de interação.

O projeto visa mapear organizações, movimentos, grupos e projetos brasileiros que somem na causa feminista, tendo como objetivo conhecer e disseminar conhecimento sobre o feminismo, os ciclos, os ritmos, as reivindicações e os lugares que as mulheres ocupam na sociedade.
Os coletivos mapeados podem ser um grupo com uma sede em endereço fixo, ou articulados virtualmente, e tem perfis variados, abrangendo diversos temas como maternidade, cultura, direitos das mulheres, luta contra o racismo, violência, democracia, empreendedorismo, entre vários outros.
O objetivo do MAMU é abrir um espaço para a discussão das questões feministas, dar visibilidade e facilitar o acesso do público. Além de propor parcerias entre os coletivos, ele amplia a rede de conhecimento. O mapa do MAMU ainda possibilita a visualização de onde cada coletivo se encontra, criando conexões e facilitando a comunicação entre as mulheres e os grupos feministas, sendo o maior benefício dessa ferramenta.
O site não é mais atualizado, mas ainda é um bom repositório de informações sobre as localizações e os contatos com as criadoras dos coletivos.
Por fim, conversamos com a Letícia Olivares, 48, fundadora do coletivo Rubro Obsceno, que está listado no MAMU.